sábado, 24 de novembro de 2018


Mais um ano de trabalho e vivências na sala dos malmequeres, mais um ano de blogue. 

Este ano começamos com a história de um bolo que fizemos graças à tão falada proteção de dados. Também por causa da mesma este ano fizemos o cartaz para a nossa porta não com fotos das nossas caras mas sim, dos nossos pés. E foi muito mais divertido!!!!!!!!!!!!

A história de um bolo

Na nossa sala temos utensílios de cozinha para fazermos algumas atividades de culinária mas até este ano estavam guardadas dentro do armário. Este facto fazia com que nem sempre nos lembrássemos de realizar estas atividades (também não aparecia na nossa agenda semanal).
Por causa da proteção de dados tivemos que arranjar espaço dentro do armário para guardar os dossiers dos processos das crianças. Como tínhamos que tirar alguma coisa de dentro do armário resolvemos tirar os utensílios da culinária e assim fizemos, o que despertou logo a curiosidade de algumas crianças e conversas sobre para que é que aquelas coisas serviam.
Neste momento estes utensilios encontram-se numa prateleira da sala, embora não estejam ao alcance deles, estão à vista de todos.

Num dia em que a Madalena fazia anos, o Henrique disse na reunião:
"Podíamos fazer o bolo para a Madalena!"
"Pois podíamos mas não temos os ingredientes para fazer o bolo, temos que combinar primeiro como é que arranjamos os ingredientes e qual o dia para fazer o bolo" - disse eu.

Nas reuniões, de vez em quando, alguem se lembrava: "Então e o bolo?" Escrevemos no Diário que queríamos fazer um bolo mas nunca mais combinávamos o como e o quando.

Até que... numa reunião da manhã, depois de alguém mencionar o bolo e avançarmos para outro assunto, a Rita (a minha auxiliar) teve que me fazer uma pergunta, e quando eu estou a responder à Rita começo a ouvir um burburinho de vozes e a perceber que estavam eles a falar do bolo. 
E o que é que eles estavam a falar?
Pois, eles estavam a combinar quem é que trazia o quê para a escola para fazermos o bolo.

"Eu trago o óleo e o fermento" - dizia o Afonso.
"Eu trago 4 ovos" - dizia o Henrique
"Eu vou trazer morangos" - dizia a Madalena.

A minha atenção virou-se para eles e rapidamente pensei com os meus botões:
"Ai não te decidiste a combinar com eles, pois não! Então decidem eles sozinhos!" São estas situações que me fazem, depois de 25 anos de educadora, continuar a deslumbrar-me e a gostar  muito daquilo que faço.

"Posso entrar na vossa conversa e escrever numa folha quem vai trazer o quê para o bolo?" E assim foi. Combinámos com o compromisso deles de trazerem os ingredientes pois só faríamos o bolo quando tivéssemos os ingredientes todos. No dia a seguir já tínhamos o óleo e o fermento e nos dias a seguir foram chegando os restantes e numa 3ª feira fizemos o bolo de chocolate com frutos vermelhos: amoras, framboesas e morangos. A receita foi a avó do Afonso que nos deu.


 

 






De bocadinho a bocadinho a nosso bolo foi desaparecendo, estava muito bom👍



Aqui fica a receita que nós construímos depois de fazermos e comermos o bolo


segunda-feira, 23 de abril de 2018


Fotógrafos de Polaroid

Pois é, depois de experimentarmos tirar fotografias com uma máquina antiga de rolo, tivemos na sala uma Polaroid, aquelas máquinas que sai logo a fotografia por cima. Cada um pensou muito bem qual a fotografia que queria tirar, a quê, onde, como? e depois tirou.

Atrás de nós andava outra máquina, moderna, a tirar fotografias aos fotógrafos, a nossa fotógrafa de serviço é a Rita, tem muito jeito para tirar fotografias. Ora vejam:
As primeiras ficámos à espera que aparecesse a fotografia no papel

Uns foram modelos de outros e o fotógrafo é que mandava, o modelo tinha que se colocar na posição que o fotógrafo queria.

 

 

 

 


 


Foi uma manhã muito divertida a experimentar uma máquina quase "mágica" com a fotografia logo ali. Umas com mais luz, menos luz, pouca prática com máquinas destas, somos fotógrafos amadores mas valeu a pena a experiência. 

terça-feira, 3 de abril de 2018

Ainda o mês de março

Em março tivemos também o dia do pai, fizemos uma prenda para dar ao pai, uma tela com fotografias a preto e branco, fotografias só com o pai e o filho ou filha, algumas de quando éramos bebés. Que bom que é quando nos vemos nessas fotografias ao colo do pai, a rir, a brincar, a jogar à bola ou a passear, é muito bom quando trazemos o pai (qualquer dia é a mãe) para dentro da nossa sala, para os nossos trabalhos.
Fizemos os nossos pais com sobras de cartolina, tudo espalhado em cima da mesa e procurámos o que podia ser a cabeça, o corpo, os braços e as pernas e assim construímos o nosso pai:
 

 

 

 

 

 

 

Estou muito orgulhosa de mim própria (como diz a minha sobrinha mais nova), consegui pôr as fotos tão bem hoje, correu mesmo bem, é o que faz a prática, para fazer bem as coisas temos que fazer muitas vezes e ir fazendo cada vez melhor (é isto que tento passar para as vossas crianças todos os dias e realmente é tão bom quando conseguimos fazer uma coisa bem)

Também fizemos, todos juntos, rimas com os nomes dos pais:


E no dia do pai, fizemos uma festa para o pai, os pais foram à nossa sala, receberam a prenda (esperamos que tenham gostado), brincaram, fizeram desenhos, beberam café e bolo de chocolate da Ascenção e decoraram um coração com os filhos ou filhas e colocaram no placard à entrada da sala:















Cada vez que entramos ou saímos da sala eles dizem qual é o coração que fizeram com o pai e qual é o trabalho deles do pai. Como dizia uma mãe hoje: "A minha filha tem sempre que me mostrar qual é o amor que ela fez com o pai" 
É isto que faz com que seja a verdade mais verdadeira o que dizemos: "O mais importante é a família e cuidarmos uns dos outros enquanto por aqui andamos".           

             Bem Hajam e Boa Páscoa para todos